domingo, 27 de junho de 2010

Cry, baby, cry!

Você chora, eu sorrio.
Penso na graça de tê-lo saudável conosco.
Quantas mulheres gostariam de escutar o choro de seus bebês mas não o possuem?
Então eu adoro escutar seu choro, e regozijo-me nisso.

Quando você nasceu, a primeira coisa que fez foi chorar.
Ao seu redor, todos se enchiam de alegria.
Pais, avós, tios, primos... até a equipe médica.
Você chorava, e todos sorríamos.

Agora é o seu 21º dia de vida.
Você não fala, você chora. Chora porque ainda não sabe falar.
Chora pra dizer que tem fome, que precisa que troquem sua fralda.
Você chora, e nós entendemos, e atendemos seu pedido.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Aos dez dias

Faz dez dias que você nasceu, e quando penso em você sinto um aperto no coração, um aperto tremendo. Maior do que um murro no estômago, maior do que a dor que um adolescente sente diante de um amor não correspondido. A dor é a mesma que senti quando te vi pela primeira vez, pequenino e frágil. É a dor de perceber o quanto é impressionante que você tenha surgido a partir de mim e que eu o tenha agora como a maior responsabilidade da minha vida, completamente dependente de mim.

Até então, uma das maiores lições que eu tinha assimilado em minha vida é que ninguém tem o direito de terceirizar a responsabilidade pela sua própria felicidade. Cada um de nós é responsável por fazer a vida valer a pena. Mas de repente eu me torno imensamente responsável pela sua felicidade, pelo seu bem estar; sou teu tutor, legalmente responsável pela sua vida e pela sua saúde.

Sim, é uma responsabilidade sem precedente que um pai de primeira viagem assume. Mesmo assim, eu não tenho dúvida de que sou capaz de superar meus próprios limites para que não falte absolutamente nada para você. Esse é o meu papel, e embora pareça uma grande missão eu não me assustarei. Porque sei que se existe uma força de superação nessa vida é o amor, e agora ainda mais, o amor de um pai pelo seu filho.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Primeiras imagens

Daniel nasceu ontem pouco antes das 13h57,
após 39 semanas de gestação,
com 46,5 cm e 2,93kg

domingo, 6 de junho de 2010

Carta a um filho em seu nascimento

Eu queria ter tido tempo para arrumar melhor as minhas coisas, jogado fora papeis inúteis, me livrado de revistas que nunca mais lerei novamente.

Eu queria ter tido tempo para mudar o mundo ao meu redor, resolvido os problemas da falta de amor e de fraternidade entre os homens. Para que você pudesse andar na rua sem perigos em cada esquina, sem enganos e mentiras.

Queria ter feito tudo isso pra você. Pra que você encontrasse um mundo melhor, de verdadeira prosperidade e sem crise de valores. Onde família, verdade e amor fossem palavras de ordem. Onde os filhos entendessem e respeitassem seus pais e não sentissem em suas costas o peso dos sonhos dos pais. E onde os pais entendessem e respeitassem os seus filhos e se maravilhassem em ver seus filhos crescerem buscando a realização dos seus próprios sonhos.